sexta-feira, 20 de março de 2009

Artistas plásticos brasileiros

Artistas


Essa pintora modernista brasileira nasceu numa propriedade rural no interior de São Paulo.De família tradicional e rica, estudou em São Paulo (no Colégio Sion) e, a partir de 1902, em Barcelona, Espanha (no Colegio del Sagrado Corazón). Ali, aos 16 anos, pintou "Sagrado Coração de Jesus", seu primeiro quadro conhecido.Quatro anos depois, casou com André Teixeira Pinto, pai de sua única filha, Dulce. Separou-se dele e, em São Paulo, começou a estudar escultura (com Zadig Mantovani) e, depois, desenho e pintura (com Pedro Alexandrino).Em 1920, embarcou novamente para a Europa, com a filha, que ficou num colégio em Londres. Tarsila se fixou em Paris, onde ingressou na Académie Julian e freqüentou o ateliê de Émile Renard. Em 1922, teve uma de suas telas admitida no Salão dos Artistas Franceses. No mesmo ano, regressou para o Brasil e se juntou aos intelectuais modernistas, embora não tenha participado da Semana de 22.Juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia, formou o "Grupo dos Cinco". Nessa época, iniciou o romance com Oswald de Andrade.Um ano depois, voltou para a Europa e a convivência com intelectuais, pintores e poetas de lá. Em 1926, expôs em Paris (com grande sucesso) e se casou com Oswald.Suas obras, de cores intensas e temas regionais, seguiam o conceito nacionalista do modernismo. Em 1928, pintou como presente de aniversário para Oswald o "Abaporu" ("homem que come", em tupi). O quadro mostra uma figura solitária de pés imensos, sentada sobre uma planície verde, com o braço dobrado repousando no joelho e a mão sustentando o peso de uma minúscula cabeça. Era uma pintura que poderia facilmente representar o Movimento Pau-Brasil.Tarsila também pintou os temas urbanos, como em "São Paulo" (1924) e "Morro da favela" (1924). Retratou figuras humanas arquetípicas, como nos famosos "A Negra" e "A caipirinha" (ambos de 1923), e registrou o interior brasileiro, como em "Cartão-Postal" e "Sol Poente" (ambos de 1929).Em 1933, com o quadro "Operários", ela deu início à pintura social no Brasil. No ano seguinte, participou do Primeiro Salão Paulista de Belas-Artes.Tarsila e Oswald se separaram em 1930. De meados dos anos 1930 a meados dos anos 1950, ela viveu com o escritor Luís Martins. De 1936 a 1952, foi colunista da rede Diários Associados.Em 1951, participou da Primeira Bienal de São Paulo e, em 1963, teve sala especial na Sétima Bienal de São Paulo. No ano seguinte, já perto da oitava década de vida, ainda participou da Bienal de Veneza.




Bernardo Caro nasceu em Itatiba, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes andaluzes, a arte de Caro era um ponto de união entre a tradição da pintura espanhola e a temática brasileira. Foi possivelmente o pintor brasileiro mais marcadamente espanhol.Por isso, aliás, a cidade de Villanueva del Trabuco, onde nasceram seus pais, prestou uma homenagem ao artista, em 1997, dando seu nome a uma das ruas da localidade. A homenagem foi retribuída com um monumento construído pelo artista na praça principal da cidade.Caro foi professor secundário de artes. Lecionou em cidades do interior paulista como Uchoa, Tanabi, Amparo, Valinhos e Campinas. Em 1964 se incorporou ao Grupo Vanguarda de Campinas, participando de diversos salões de arte e exposições.Em 1972, ligou-se à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, de cujo Departamento de Artes Plásticas foi chefe, entre 1979 e 1982. No ano seguinte ingressou no corpo docente do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi seu diretor de 1987 a 1990.Participou de várias edições da Bienal de Arte Moderna de São Paulo. Realizou também exposições na Itália, Espanha, Japão e em países da América Latina, além de possuir obras em acervos de Londres, Washington, Paris, Madri, Granada, Stuttgart e Estocolmo. Recebeu cerca de 30 prêmios.Em setembro de 1996 assumiu a função de vice-cônsul da Espanha em Campinas.Por iniciativa do educador e escritor Julio García Morejon, foi inaugurado em 2001 o Museu Bernardo Caro, em São Paulo. Ali se expõe, em caráter permanente, algumas das mais importantes obras do artista.Bernardo Caro não resistiu ao pós-operatório, após uma cirurgia para implante de válvula cardíaca.


Pedro Américo de Figueiredo e Melo tinha apenas 10 anos quando foi escolhido como desenhista da missão científica do naturalista francês Louis Jacques Brunet, para estudar a flora e da fauna do Nordeste do Brasil.Depois de se formar em Belas Artes no Rio de Janeiro, Pedro Américo obteve uma bolsa de estudos dada pelo imperador Pedro 2o e foi para a Escola de Belas Artes em Paris, na França, onde aperfeiçoou seu estilo com os pintores Jean-Auguste-Dominique Ingres e Horace Vernet.Na capital francesa, cursou filosofia e literatura na Universidade Sorbonne, além de iniciar o estudo da física no Instituto Ganot. Também escreveu poemas, estudos e romances. Seu ensaio sobre a "Refutação da Vida de Jesus por Renan" valeu-lhe a comenda papal da Ordem do Santo Sepulcro. Entre suas obras literárias e filosóficas, destacam-se "A Reforma da Academia de Belas Artes de Paris", "Discursos sobre a Estética e Ciência e os Sistemas".Obteve o doutorado em ciências físicas em Bruxelas, na Bélgica. Antes de voltar ao Brasil, passou por Lisboa, onde se casou com a filha do Conde de Porto Alegre. No Rio, tornou-se professor de desenho da Academia Imperial de Belas Artes. A seguir, ganhou a cátedra de história da arte, estética e arqueologia - esta última uma paixão do imperador Pedro 2o.Américo foi um entusiasta da pintura histórica. Tinha 43 anos quando assinou um contrato com o governo do estado de São Paulo, em 14 de julho de 1886, para pintar a "Proclamação da Independência". Devia entregar a obra pronta em 1889, mas terminou um ano antes. O trabalho foi todo feito em Florença, onde foi exposto, em abril de 1888, antes de ser entregue ao governo paulista, em 14 de julho daquele ano - é a tela conhecida como "Grito do Ipiranga".Pintou seu auto-retrato a pedido do governo italiano, para ser colocado na sala de pintores célebres da Galleria Nazzionale degli Uffizzi, em Florença, a cidade italiana conhecida como berço da arte. Isso equivaleu a uma consagração.Seus quadros mais conhecidos são "Batalha do Avaí", "Grito do Ipiranga", "Judith e Holofernes", "Rabequista Árabe, "Tiradentes esquartejado". A "Batalha do Avaí", segundo Cardoso de Oliveira, seu biógrafo, é considerada uma das mais notáveis obras-primas da arte mundial. Com 48 metros quadrados, a pintura representa a batalha da guerra do Paraguai. Os personagens de maior destaque na cena são o duque de Caxias e o general Osório, este no momento em que é atingido por um tiro na boca.Eleito deputado na Assembléia Constituinte de 1890, apresentou projetos de interesse cultural. Em 1900, em Florença, pintou "Paz e Concórdia", a grande tela alegórica que foi seu último trabalho e está exposta no Palácio do Itamarati, em Brasília.Américo foi um dos mais famosos artistas de sua época e é um dos principais nomes da pintura histórica brasileira. Morreu em Florença, aos 62 anos, e foi enterrado na Paraíba, a pedido do governo do estado.

Objetos feitos com a massa de modelar!


Essa fotografia foi tirada em uma escola!




Objetos feitos com a massa de modelar






minhas imagens











arquitetura


A arquitetura interna dos textos:
a arquitetura
textual no nível mais profundo do “folhado textual”. Essa arquitetura
é constituída pelo plano geral do texto, pelos tipos de discurso,
pelas modalidades de articulação entre seus tipos de discurso
e pelas seqüências que casualmente aparecem no plano geral
do texto.
O plano geral do texto refere-se à disposição de conjunto do
conteúdo temático. De acordo com Bronckart (2007), ele pode, de
um lado, ser codificado em um resumo e, de outro, apresentar-se claramente
no processo de leitura.
Os tipos de discurso nomeiam os segmentos diversos de um
texto e constituem os elementos fundamentais da arquitetura interna
dos textos. Bronckart (2007) aborda esse conceito como uma continuidade
dos trabalhos de Benveniste (1966), Weinrich (1973) e Simonin-
Grumbach (1975).
Através da abordagem desses autores, Bronckart (2007) constrói
sua própria abordagem com o objetivo de descrever, de um lado,
os planos de enunciação ou mundos e as operações psicológicas nas
quais se baseiam e, por outro lado, descrever as configurações de unidades
lingüísticas que “traduzem” esses mundos em uma língua
natural.
O autor centra-se, inicialmente, na questão da construção dos
mundos, pois, para ele, a atividade de linguagem baseia-se - por causa
de sua natureza semiótica - na criação de mundos virtuais. Sendo
assim, por convenção, os mundos representados pelos agentes humanos
são denominados por Bronckart (2007) de “mundo ordinário”,
cuja expressão estaria reunindo os três mundos formais postulados
por Habermas (1987); enquanto os mundos virtuais criados pela atividade
de linguagem são chamados de “mundos discursivos”.
Bronckart (2007) distingue quatro mundos discursivos: (a)
Mundo do Expor implicado, (b) Mundo do Expor autônomo, (c)
Mundo do Narrar implicado e (d) Mundo do Narrar autônomo. Para
a compreensão desses mundos discursivos é necessário, inicialmente,
tecer algumas considerações sobre os dois subconjuntos de operações
que ancoram as suas construções. Para o autor, o primeiro subconjunto
de operações explicita a relação existente entre as coordenadas
gerais do mundo ordinário no qual a ação de linguagem de que
o texto se origina é desenvolvida. Enquanto o segundo está especialmente
interligado, de um lado, ao relacionamento entre as várias
instâncias de agentividade (personagens, instituições, etc.) e sua inscrição
espaço-temporal (exatamente como são mobilizadas em um
texto) e, por outro lado, aos parâmetros físicos da ação de linguagem
em curso (agente-produtor, alocutário eventual e espaço-tempo de
produção).
O autor resume as operações de construção das coordenadas
gerais que organizam o conteúdo temático mobilizado em um texto
em uma decisão de caráter binário. Ou seja, essas coordenadas podem
ser apresentadas como “disjuntas” das coordenadas do mundo
ordinário da ação de linguagem, ou, não ocorrendo esse distanciamento
de forma explícita (através de uma origem espaço-temporal),
as coordenadas apresentam-se como “conjuntas” às da ação de linguagem.
Por meio dessa primeira distinção, Bronckart (2007) separa os
mundos “da ordem do NARRAR” (disjuntos) e os mundos “da ordem
do EXPOR” (conjuntos). Os mundos da primeira ordem são situados
em um “outro lugar” que pode ser avaliado ou interpretado
pelos seres humanos por permanecerem, em alguma medida, similares
ao mundo ordinário.
Em relação aos mundos da ordem do Expor, a situação mostra-
se de modo distinto, pois, por apresentarem conteúdo temático
dos mundos discursivos conjuntos, são sempre avaliados e interpretados
de acordo com os critérios de validade do mundo ordinário.
Bronckart (2007) também descreve as operações de explicitação
da relação com os parâmetros da ação de linguagem em curso
em termos de uma oposição de caráter binário. Ou um texto (ou
segmento de texto) pode “implicar” os parâmetros da ação de linguagem,
explicitando a relação que suas instâncias de agentividade
mantêm com esses parâmetros (agente-produtor, alocutário eventual
e sua situação no espaço-tempo) através de referências dêiticas a esses
mesmos parâmetros. Ou, ainda, essa relação pode não ser explicitada,
de forma que as instâncias de agentividade do texto relacionem-
se indiferente ou independentemente com os parâmetros da ação
de linguagem em curso, isto é, com “autonomia”.
A relação de implicação com os parâmetros da ação de linguagem
e a de autonomia com esses mesmos parâmetros são a segunda
distinção que Bronckart (2007) estabelece entre os mundos
discursivos.

a alegria


Charge